terça-feira, 24 de abril de 2007

"Em vez de serem apenas bons esforcem-se para criar um estado de coisas que torne possível a bondade; em vez de serem apenas livres, esforcem-se para criar um estado de coisas que liberte à todos." (Bertolt Brecht)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Jornalismo Sindical

A presença do jornalista torna-se cada vez mais significativa, principalmente nos grandes sindicatos, a partir do momento que estes apresentam estrutura organizada e difusão de informação em escala crescente. É preciso um profissional capaz de manejar as ferramentas de comunicação com habilidade e versatilidade, de maneira que este possa adequar-se a uma modalidade específica do jornalismo. Modalidade esta, que possui um vocabulário próprio - que trabalha com um público-alvo exigente, e interessado em um assunto específico.
São diversas pessoas que compõem a diretoria executiva de um sindicato, muitas vezes, sem ao menos manterem contato presencial simultaneamente. Há situações em que os membros da diretoria não possuem nem dispensa de ponto dos setores que representam.
Inicialmente, a comunicação é interna, estabelecendo o diálogo entre as pessoas que compõem o quadro sindical - presidentes, diretores, secretários – há produção de boletins internos, pautas de reunião, clipping, produção de releases. Existe ainda o serviço de assessoria política e assessoria de imprensa, que ajuda os sindicalistas a se comunicarem de maneira clara, com estâncias políticas e veículos de comunicação (rádio, tv, jornal impresso, etc).

“É uma área que ainda passa por dificuldades mas vem crescendo de tal maneira que está absorvendo os profissionais da área de comunicação, sendo eles militantes ou não. Dentre os profissionais da área de comunicação, ganha destaque o jornalista tanto pela função do cargo em si...escrevendo revistas, cartazes, jornais, boletins, sites, etc. como na função de assessoria de imprensa dos sindicatos...” (José Silvio Maria de Souza – Jornalista Sindiviários)

Posteriormente, é feita a comunicação externa (boletins, jornais, sites, manuais, revistas, entre outros) - que se destina ao público-alvo: a entidade/classe, os sócios ou afiliados diretamente.
Em muitos sindicatos o que se verifica ainda é a praxe empírica, quando todo material produzido é elaborado de improviso, atendendo as necessidades imediatas – sem preocupação com técnicas ou metodologias de lapidação do trabalho jornalístico.
Os resultados obtidos mostram que o Jornalismo Sindical é uma área promissora que caminha junto a uma concepção nova de sindicalismo no Brasil, de mãos dadas a uma classe trabalhadora que tem descoberto ferramentas e meios de comunicação avançados e democráticos.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Minha Alma Está Sindicalizando !




Em homenagem a *teoria do espiral do silêncio, na última sexta-feira, fui a minha primeira reunião de sindicato. Procurei entender um pouco como funciona a mente das pessoas, que caminham no sentido oposto à espiral. Fui buscar o motivo que leva pessoas da mesma categoria trabalhista que a minha, a gritarem com bandeiras na mão e punhos erguidos – correndo de cães e cavalos do governo – em nome de tantas outras pessoas iguais a mim, que permanecem sentadas, engordando e reclamando da vida.

Sempre gostei de protesto. Meu primeiro motim foi aos dois anos de idade, quando revoltada com o sistema hospitalar de Petrolina, contraí uma infecção hospitalar que quase me leva a morte. Foram anos terríveis, contudo saí fortalecida, e hoje nem resfriado pego.

O resultado desta reunião sindical foi que o espírito guerreiro de mamãe se apoderou de mim e quando dei conta estava de pé, no meio de todos, como que em transe, convocando doces senhoras de sessenta e poucos anos a enfrentarem o estado.

“-Vamos nos unir, antes que o Serra nos esmague!”

Em poucos minutos era convidada a me juntar ao grupo, a participar das eleições para conselheiro.

Estou pensando, estou deglutindo a idéia. Apoio em casa eu já tenho. Na fala da própria genitora: “é assim que começa minha filha, vai em frente, você vai se divertir e aprender muito”.



A espiral do silêncio é uma
hipótese sobre os efeitos dos meios de comunicação massivos. Tal hipótese apregoa que os indivíduos detentores de opiniões minoritárias tendem a se manter calados, por receio de represálias vindas da maioria da população, caso exponham seu pensamento.
Pressupõe-se, com essa hipótese, que os meios de comunicação formam (ou, pelo menos, contribuem decisivamente para) a
opinião pública.
Retirado de "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiral_do_silêncio"

quarta-feira, 11 de abril de 2007

É UMA MERDA MESMO

Isso não é um jornal.
Se veio atrás de notícias, reportagens ou pauta, caia fora.
É estranho algumas pessoas confundirem jornalismo opinativo com opiniões toscas a respeito da realidade. Achar alguma coisa sobre alguma coisa e perguntar, logo em seguida "você não acha" é pseudojornalismo. Puro.
Se você procura jornalismo de verdade não é neste blog, ou na grande parte de todos os blogs, que você saciará sua sede. Se quiser jornalismo de verdade, leia bons livros, assita documentários relevantes. Forme sua opinião. Porque se depender da minha vontade, manipularei facilmente sua teoria do que seja a vida, pois tenho ferramentas textuais para tanto.
Isso não é um jornal definitivamente. É um protesto. Um grito das vozes presas nas espirais do silêncio. Uma alma cansada de ver tanta sandice espalhada por aí por pseudoestudantes de pseudojornalismo, até mesmo por mim mesmo, um pseudônimo de Camila Delmondes_ porque esta sim, é uma pseudoanarquista daquelas.