quinta-feira, 19 de abril de 2007

Jornalismo Sindical

A presença do jornalista torna-se cada vez mais significativa, principalmente nos grandes sindicatos, a partir do momento que estes apresentam estrutura organizada e difusão de informação em escala crescente. É preciso um profissional capaz de manejar as ferramentas de comunicação com habilidade e versatilidade, de maneira que este possa adequar-se a uma modalidade específica do jornalismo. Modalidade esta, que possui um vocabulário próprio - que trabalha com um público-alvo exigente, e interessado em um assunto específico.
São diversas pessoas que compõem a diretoria executiva de um sindicato, muitas vezes, sem ao menos manterem contato presencial simultaneamente. Há situações em que os membros da diretoria não possuem nem dispensa de ponto dos setores que representam.
Inicialmente, a comunicação é interna, estabelecendo o diálogo entre as pessoas que compõem o quadro sindical - presidentes, diretores, secretários – há produção de boletins internos, pautas de reunião, clipping, produção de releases. Existe ainda o serviço de assessoria política e assessoria de imprensa, que ajuda os sindicalistas a se comunicarem de maneira clara, com estâncias políticas e veículos de comunicação (rádio, tv, jornal impresso, etc).

“É uma área que ainda passa por dificuldades mas vem crescendo de tal maneira que está absorvendo os profissionais da área de comunicação, sendo eles militantes ou não. Dentre os profissionais da área de comunicação, ganha destaque o jornalista tanto pela função do cargo em si...escrevendo revistas, cartazes, jornais, boletins, sites, etc. como na função de assessoria de imprensa dos sindicatos...” (José Silvio Maria de Souza – Jornalista Sindiviários)

Posteriormente, é feita a comunicação externa (boletins, jornais, sites, manuais, revistas, entre outros) - que se destina ao público-alvo: a entidade/classe, os sócios ou afiliados diretamente.
Em muitos sindicatos o que se verifica ainda é a praxe empírica, quando todo material produzido é elaborado de improviso, atendendo as necessidades imediatas – sem preocupação com técnicas ou metodologias de lapidação do trabalho jornalístico.
Os resultados obtidos mostram que o Jornalismo Sindical é uma área promissora que caminha junto a uma concepção nova de sindicalismo no Brasil, de mãos dadas a uma classe trabalhadora que tem descoberto ferramentas e meios de comunicação avançados e democráticos.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito boa iniciativa, Camila! Valeu! Beijo.