terça-feira, 17 de abril de 2007

Minha Alma Está Sindicalizando !




Em homenagem a *teoria do espiral do silêncio, na última sexta-feira, fui a minha primeira reunião de sindicato. Procurei entender um pouco como funciona a mente das pessoas, que caminham no sentido oposto à espiral. Fui buscar o motivo que leva pessoas da mesma categoria trabalhista que a minha, a gritarem com bandeiras na mão e punhos erguidos – correndo de cães e cavalos do governo – em nome de tantas outras pessoas iguais a mim, que permanecem sentadas, engordando e reclamando da vida.

Sempre gostei de protesto. Meu primeiro motim foi aos dois anos de idade, quando revoltada com o sistema hospitalar de Petrolina, contraí uma infecção hospitalar que quase me leva a morte. Foram anos terríveis, contudo saí fortalecida, e hoje nem resfriado pego.

O resultado desta reunião sindical foi que o espírito guerreiro de mamãe se apoderou de mim e quando dei conta estava de pé, no meio de todos, como que em transe, convocando doces senhoras de sessenta e poucos anos a enfrentarem o estado.

“-Vamos nos unir, antes que o Serra nos esmague!”

Em poucos minutos era convidada a me juntar ao grupo, a participar das eleições para conselheiro.

Estou pensando, estou deglutindo a idéia. Apoio em casa eu já tenho. Na fala da própria genitora: “é assim que começa minha filha, vai em frente, você vai se divertir e aprender muito”.



A espiral do silêncio é uma
hipótese sobre os efeitos dos meios de comunicação massivos. Tal hipótese apregoa que os indivíduos detentores de opiniões minoritárias tendem a se manter calados, por receio de represálias vindas da maioria da população, caso exponham seu pensamento.
Pressupõe-se, com essa hipótese, que os meios de comunicação formam (ou, pelo menos, contribuem decisivamente para) a
opinião pública.
Retirado de "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiral_do_silêncio"

3 comentários:

Unknown disse...

Eu sempre pensei no seguinte, nada no mundo cai do céu, até mesmo a chuva precisa passar por várias etapas para cair do céu, infelizmente a mentalidade nacional é a do comodismo, as pessoas não lutam pelos seus direitos e muito menos ajudam as menos esclarecidas a aprenderem a lutar, sempre tomei meu caminho sindical não como uma forma agressiva de lutar pelos direitos, mas sim de uma forma esclarecedora do que se pode se fazer para se chegar á um denominador comum. A luta sindical quando é feita com paixão e esclarecimento é a forma mais clara de mostrar a democracia que um País deveria ter, minha grande amiga fico feliz por você ter tomado o gosto por este caminho. As pessoas imaginam sindicalistas como pessoas encrenqueiras, vorazes e irracionais, mas na verdade o sindicalista é uma pessoa que procura a melhor forma de se resolver os problemas, lutando pelos direitos e nada além disto, luta também pelo social que muitas pessoas não sabem disto, contra o preconceito, contra os marginais que desmoralizam nosso País com sua política suja. O sindicato hoje por muitas vezes faz a parte que o governo deveria fazer, pois é um grupo de brasileiros que amam seu País, sua profissão, e tentam fazer deste nosso lugarzinho chamado Brasil um lugar um pouco melhor. Bem vinda a luta pela democracia.

Antonio Cesar Muraca
Diretor Regional da Subsede de Bebedouro
Suplente da Diretoria Estadual
AFUSE-SIND.FUNCIONARIOS E SERVIDORES DA EDUCAÇÃO

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eric Kachinski disse...

Existe o mito da caverna do Platão, mas existe um ditado popular que explica bem, ou decora bem o porque que “os indivíduos detentores de opiniões minoritárias tendem a se manter calados, por receio de represálias vindas da maioria da população, caso exponham seu pensamento.”
“Em terra de cego que tem um olho é rei”. Será que é isso mesmo?
No primeiro momento em que o caolho tentar explicar ou revelar a verdade, que as coisas são coloridas etc, aos cegos, seria uma verdade muito longe da verdade dos cegos, em nome da tradição, na melhor das hipóteses ele iria parar em um hospício, se não, ou será enforcado, crucificado, fuzilado (não sei como eles iriam mirar) e seu corpo seria esquartejado para servir de exemplo aos outros a não dizer tolices.
Se procurarmos pela história da humanidade, veremos exemplos reais disso!
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