Antropologia Cultural
Seguindo o que eu mesmo propus, destinarei parte deste espaço, para analisar o andamento do meu “ser jornalista” – processo de.
(...)
No último semestre experimentei a sensação de “uai, ué”. Explico. “Uai ué” é aquele momento quando você se depara com certas maneiras de pensar o mundo, contrárias, ou mesmo revolucionárias, as quais você acreditava. Então, surpreendentemente, você se depara com um “uai, ué” – e fica assim...pensando. Entendeu?
Foi uma quebra de esteriótipos, ou o esforço, em assim fazê-lo. Não fui muito bem de início. Na verdade, às duras penas, fui entendendo a maneira peculiar com que os grandes sociólogos, antropólogos, andróides, homicidas, astronautas, cachaceiros, homens, meio homens, nada homens, enfim, como todos estes grandes, e eu, na minha insignificância, entendemos o mundo.
Aprendi a diferença das culturas globais, das locais e das marcianas. Entendi o que minha mãe queria dizer sobre a tenebrosa “aldeia global” de um tal de Mcluhan – que retalha os costumes alheios e espalha uma perigosa arma moderna chamada “A morte Nike” - fruto da nova era. O anticristo, a besta. Vi muitas bestas também, aff!
Confirmei o que há muito já sabia: o Brasil é um país preconceituoso, facilitou de fato a origem “afronordestina”.
Presenciei momentos agradabilíssimos de discussão séria e momentos de fúria e impaciência, afinal, discutir o processo de enraizamento quatro horas consecutivas não é coisa de ser humano, ou é? Eu bem desconfiava da minha origem alienígena, pude perceber nos olhares terrenos, que me encaravam com espanto e fúria, outros com hospitalidade e outros ainda com carinho.
(...)
Realmente, o baiano não é preguiçoso como se divulga por todo o país (este foi um tema recorrente na aula, era a tese da doutora vai, dá um crédito). Após uma deliciosa experiência no sul da Bahia, pude constatar que a preguiça é minha mesma, que ficou uma semana, comendo, bebendo, dormindo, e engordando - enquanto os ditos “preguiçosos” trabalhavam duro na indústria turística. Ponto positivo de Ilhéus: não existe Mcdonald’s. Viva o acarajé, sem camarão pra mim, obrigada. E pra quem gosta do mediador Jorge Amado (com todo respeito, até mesmo porque eu adoro assistir as novelas dele) saiba que ele foi um grande fofoqueiro. Pois é, foi assim que as pessoas lá da terra da Gabriela (Maria de Lurdes originalmente) se referiram a ele. Jorge Amado era jornalista? - ixi num sei, mas tem todo um perfil...rs – saiu fugido da Bahia, antes que levasse chumbo dos coronéis do cacau. Falando em cacau, só uma nota: ao contrário do que a imprensa por aqui atiçou, o Lula não levou a vassoura de bruxa para as fazendas de cacau de Ilhéus. De acordo com fontes informais – até mesmo porque eu estava de férias pra ficar investigando profundamente a confiabilidade da fonte e, além do mais, nem valia nota, né não? - quem levou o fungo foi um funcionário da CEPLAC, que ficou com medo de perder o emprego, será? Pode ser.
Bem, em antropologia cultural, aprendi muito. Dentre as coisas mais importantes – leia todos, todos os textos mesmo, senão você se dá mal.
Ao final, pude verificar que foi uma disciplina relevante para a construção da jornalista que um dia serei. Será que essa disciplina é nova na grade? Tenho a impressão de que muita gente por aí só teve aula de estatística... eita.
E viva o acarajé, a tapioca, o leite de côco. Axé para os amigos nordestinos e pimenta baiana nos olhos dos meus inimigos, porque não sou hipócrita, porque ainda ‘to evoluindo. Senhor, dá um desconto! Amém.
E pra quem acredita no meu bom humor, aí vai uma ( no ctrl c + ctrl v, porque eu sou bem ruim de piada):
“Aos garninzés, tudo. Aos urubus, nem a carniça.” (Millôr Fernandes)
Ruto.
Seguindo o que eu mesmo propus, destinarei parte deste espaço, para analisar o andamento do meu “ser jornalista” – processo de.
(...)
No último semestre experimentei a sensação de “uai, ué”. Explico. “Uai ué” é aquele momento quando você se depara com certas maneiras de pensar o mundo, contrárias, ou mesmo revolucionárias, as quais você acreditava. Então, surpreendentemente, você se depara com um “uai, ué” – e fica assim...pensando. Entendeu?
Foi uma quebra de esteriótipos, ou o esforço, em assim fazê-lo. Não fui muito bem de início. Na verdade, às duras penas, fui entendendo a maneira peculiar com que os grandes sociólogos, antropólogos, andróides, homicidas, astronautas, cachaceiros, homens, meio homens, nada homens, enfim, como todos estes grandes, e eu, na minha insignificância, entendemos o mundo.
Aprendi a diferença das culturas globais, das locais e das marcianas. Entendi o que minha mãe queria dizer sobre a tenebrosa “aldeia global” de um tal de Mcluhan – que retalha os costumes alheios e espalha uma perigosa arma moderna chamada “A morte Nike” - fruto da nova era. O anticristo, a besta. Vi muitas bestas também, aff!
Confirmei o que há muito já sabia: o Brasil é um país preconceituoso, facilitou de fato a origem “afronordestina”.
Presenciei momentos agradabilíssimos de discussão séria e momentos de fúria e impaciência, afinal, discutir o processo de enraizamento quatro horas consecutivas não é coisa de ser humano, ou é? Eu bem desconfiava da minha origem alienígena, pude perceber nos olhares terrenos, que me encaravam com espanto e fúria, outros com hospitalidade e outros ainda com carinho.
(...)
Realmente, o baiano não é preguiçoso como se divulga por todo o país (este foi um tema recorrente na aula, era a tese da doutora vai, dá um crédito). Após uma deliciosa experiência no sul da Bahia, pude constatar que a preguiça é minha mesma, que ficou uma semana, comendo, bebendo, dormindo, e engordando - enquanto os ditos “preguiçosos” trabalhavam duro na indústria turística. Ponto positivo de Ilhéus: não existe Mcdonald’s. Viva o acarajé, sem camarão pra mim, obrigada. E pra quem gosta do mediador Jorge Amado (com todo respeito, até mesmo porque eu adoro assistir as novelas dele) saiba que ele foi um grande fofoqueiro. Pois é, foi assim que as pessoas lá da terra da Gabriela (Maria de Lurdes originalmente) se referiram a ele. Jorge Amado era jornalista? - ixi num sei, mas tem todo um perfil...rs – saiu fugido da Bahia, antes que levasse chumbo dos coronéis do cacau. Falando em cacau, só uma nota: ao contrário do que a imprensa por aqui atiçou, o Lula não levou a vassoura de bruxa para as fazendas de cacau de Ilhéus. De acordo com fontes informais – até mesmo porque eu estava de férias pra ficar investigando profundamente a confiabilidade da fonte e, além do mais, nem valia nota, né não? - quem levou o fungo foi um funcionário da CEPLAC, que ficou com medo de perder o emprego, será? Pode ser.
Bem, em antropologia cultural, aprendi muito. Dentre as coisas mais importantes – leia todos, todos os textos mesmo, senão você se dá mal.
Ao final, pude verificar que foi uma disciplina relevante para a construção da jornalista que um dia serei. Será que essa disciplina é nova na grade? Tenho a impressão de que muita gente por aí só teve aula de estatística... eita.
E viva o acarajé, a tapioca, o leite de côco. Axé para os amigos nordestinos e pimenta baiana nos olhos dos meus inimigos, porque não sou hipócrita, porque ainda ‘to evoluindo. Senhor, dá um desconto! Amém.
E pra quem acredita no meu bom humor, aí vai uma ( no ctrl c + ctrl v, porque eu sou bem ruim de piada):
“Aos garninzés, tudo. Aos urubus, nem a carniça.” (Millôr Fernandes)
Ruto.
Um comentário:
Quando li seu texto, pensei: tenho que comentar, mesmo que seja algo simples! rsrs
Ca, meu Deus! (é isso, entendeu!?) rsrs
Brincadeira, é o seguinte, vc escreveu tudooooo com o sentimento que eu tbm vivi e presenciei, alguns até mesmo ao seu lado, né não!?
Continue assim...adoro ler-te! rs
Beijão!!!!
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